domingo, 1 de abril de 2012

Despedida

Há algum tempo, sem uma periodicidade definida, digamos quase que semanalmente querendo eu que fosse diariamente, assim que me aquietava em minha mesa após ter passado o crachá no relógio de ponto e o terceiro copo de café, abria minha agenda da Tribo (uma dessas agendas exóticas cheias de figuras, reflexões e pensamentos), foleava o grosso bloco de páginas aleatoriamente e na página que caia redigia as palavras impressas em forma de poema em um e-mail intitulado “POEMA DO DIA”, assim mesmo em letras maiúsculas, e enviava aos meus companheiros mais próximos de trabalho.

Ao enviar o “POEMA DO DIA” esperava ver nos rostos de cada um deles um leve sorriso, uma risada de canto de boca, um comentário proferido com alegria ou indignação por não ser um poema e sim um texto sem nexo, sem qualquer sentido.

Algo assim:
“Nado de peito num certo argumento.
Nado de costas nas minhas apostas.
Nado livre naquele inclusive.
Faço revezamento de namorado.
Nado toda modalidade nas raias da insanidade.”

E isto sempre era retornado, da maneira que esperava de cada um deles o que me dava uma pequena felicidade fundamental para eu iniciar a rotina de trabalho, me animando por tantas vezes que chegava de mau humor em minhas crises existenciais.

Desta vez, busquei um poema “decente”, o último “POEMA DO DIA” e, ao invés de enviar apenas a eles, envio a todos vocês, que fizeram parte constante de minha vida durante 1 ano e quase 4 meses, das segundas as sextas-feiras , das 8h às 17:48h, isso quando eu não aumentava o absenteísmo da área com meus atrasos.

Agradeço a todos por tudo o que vivi, aprendi, senti, ri e outra infinidade de verbos que sempre farão parte da minha vida pessoal e profissional e que jamais serão esquecidos por mim.

Intrigas a parte ficarão guardadas no fundo de uma gaveta que nunca mais será aberta e que com o tempo será esquecida como se fosse jogada em alto mar e sedimentada no fundo escuro e frio de águas tão profundas.

Abrirei apenas a gaveta das boas lembranças, dos sentimentos agradáveis, das risadas aconchegantes e de todos os momentos que me tornaram mais humano, mais solidário, mais forte, mais ágil, mais prático, mais contente, mais feliz, mais e mais e mais...

Abraços e beijos mágicos,

Rodrigo

METADE

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a pessoa que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro


quinta-feira, 15 de março de 2012

Refri no saquinho


Quem nunca comprou na escola ou no bar da rua um refri servido “elegantemente” no saquinho que atire o primeiro canudinho!  

Hoje, indo pro trabalho, vi um desses caído no chão com um bom resto de guaraná (ou tubaína). Fiquei pensando com um pouco de dó: “Será que caiu da mão de quem tomava?” 
Alguns de meus amigos certamente tem uma lembrança de um desses amigáveis saquinhos cheio de refrigerante geladinho com um canudo dentro fechado apenas por sua mão. E é claro que eles e eu, em nossa ingênua noção de higiêne infantil, nunca passaria por nossas cabeças que aquele saquinho não era lá muito higiênico. Obviamente eles não foram fabricados para isso e eu adoraria conhecer a alma que um dia resolveu colocar o refri no saquinho e sem querer, espalhou a febre (como um vídeo famoso do youtube) que, por sua vez, foi extinta na virada do século. 
Será que foi um dono de bar?
Será que foi uma mãe?
Será que foi um criança superdotada?
Embora hoje eu pense que as garrafinhas e latinhas são bem mais seguras, não havia sensação melhor que tomar bem devagar o seu refri no saquinho.
Coisas da infância que não voltam mais! Beijos do 18


segunda-feira, 12 de março de 2012

Nova era

Sim... sentirei muita saudade.
Na verdade já sinto saudades de tudo o que aconteceu em minha vida no período de 28 de julho de 2010 a 18 de fevereiro de de 2012.
E quantas coisas aconteceram. Foi uma era!
Me mudei para o "Principado de Mônaco Brasileiro" conhecido aqui como São Caetano do Sul.
Morei com amigos com quem sempre quis morar...
Rimos...
Choramos...
Brincamos...
Brigamos...
Comemoramos...
Conquistei um emprego novo...
Fizemos várias "Bolachas"...
Vários cachorros-quentes...
Várias comidinhas...
Várias festas...
Nos separamos com dor e ao mesmo tempo alegria no coração...
Reformei a casa (e tinha esperanças de que eu ia continuar lá)...
E, de repente, uma nova era se iniciou.
Uma era que já vivi e já estou familiarizado.
Fui recebido de braços abertos e fiquei e estou muito feliz por isso.
Mas as lembranças sempre ficarão em minha memória e, repito, sentirei muita saudade

do quarto com forro de madeira...

da parede vermelha do outro quarto...

da escada barulhenta...

de quando o telefone tocava e eu subia correndo a mesma escada...

da sala quase sem móveis...

do banheiro espaçoso (não parece mas era)...

da cozinha onde muitos banquetes foram feitos...

do quintal embolorado...

de todas as vezes que sai por essa porta...

de todas as vezes ficava pensando se não havia esquecido nada antes de fechá-la...

de quando ela emperrava e ficava difícil de fechar...

da plaquinha de cemitério com o número da casa...

da vila colorida e animada...

da garagem estreita e baixa onde não passam caminhões de mudança...

de todas as vezes que via essa plaquinha e dizia "Ufa... estou em casa!"

E agora, também estou e me sinto em casa.
Uma nova visão todos os dias.

Os portões de madeira...

A primeira casa da rua...

O corredor comprido...

Uma companhia sempre esperando (isso quando ele não vem "sambando" pelo corredor)...

E mais um corredor...

A porta adesivada...

Portal para o meu aconchego...

Mais que para um aconchego...

Para uma nova era que se inicia.

Sil, Dé e Tio... obrigado pelos grandes momentos que vocês me proporcionam.
Amo vocês!
Beijos do 18

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ser feliz ou ser útil?


Termino meu dia de aniversário e começo meu ano pessoal 2 com um texto que achei maravilhoso tirado de um blog que encontrei na web ao procurar a imagem que vocês vêem acima.... uma curiosa e fofa girafa.

"A nossa grande preocupação é ser felizes. É justa esta preocupação. Mas nem sempre a justiça é o mais importante. De fato é justo que coloquemos todas as nossas forças e capacidades para sermos felizes e é igualmente justo que os outros e a sociedade coloquem à nossa disposição todos os meios para sermos feliz e evitarmos todos os obstáculos que nos possam tornar infelizes.
A verdade é que na busca de todas as coisas com que queremos tornar mais fácil nossas vidas para sermos felizes, nos tornamos cada vez mais infelizes porque tudo nos é dado demasiado depressa e demasiado fácil.
O segredo da felicidade não está em ser feliz, mas em ser útil. E este segredo tem tudo menos comodismo, bem-estar, tranquilidade, e sossego. Aquele que quer simplesmente ser feliz quer espaços de tranquilidade para não perder a felicidade. Aquele que quer ser útil não quer sossego, quer o outro com a sua dificuldade, o seu problema, a sua necessidade para poder ser útil. Então, este, acaba por descobrir a felicidade na sua ação pelos outros. No encontro, na atenção, no serviço ao outro.
Ser feliz é ser inútil e ser útil é ser feliz. Na hora da prova ninguém quer uma pessoa feliz, todos querem uma pessoa útil."

por Manecas de www.manecas-azul.blogspot.com

A imagem abaixo é uma pequena homenagem a todos que trabalham comigo pelo carinho e pelo dia especial que me proporcionaram.


Beijos do 18


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Lista de Presentes

Quando eu coloquei na publicação abaixo “Agora vamos a lista” era para eu cumprir o ritual, mesmo que um pouquinho atrasado, e postar minha lista com os 26 presentes que gostaria de ganhar este ano.
Nem sei o porquê eu não escrevi... na verdade não me lembro. Mas acho que é porque está dificl pensar nos 26 presentes
Mas aqui está, nos 45 do segundo tempo, a lista.
Só para complementar: ano passado dos 25 presentes que coloquei ganhei 4... 16% ta bom? Quero mais este ano!!!

1. Colete belíssimo preto ou verde musgo.
2. Camisa xadrez de manga curta
3. Caixa de ferramentas (não precisa das ferramentas... só a caixa mesmo)
4. Pote grande de sorvete de macadâmia Haagen Dazs
5. Sabonetes variados da linha Natura Ekos
6. Um despertador que toque altíssimo
7. Melhor... contrato com uma banda sinfônica que deverá tocar a música “Invicta” de James Swearingen de segunda a sexta às 6h da manhã na porta do meu quarto (assim meu tio não precisa mais me acordar tão cedo rs)
8. Box com a 2ª temporada completa da série Glee
9. DVD - Marisa Monte: ao Vivo
10. DVD - Marisa Monte: Mais
11. DVD - Marisa Monte: Memórias, Crônicas e Declarações de Amor
12. DVD - Tribalistas
13. Capa para notebook 17 polegadas
14. Girafa de pelúcia
15. Pokémon Psyduck de pelúcia (porque é bom ter a alma infantil de vez em quando)
16. Caixa de madeira bem bonita para guardar incensos
17. Incensos
18. Cartões postais (tenho uma coleção)
19. Coleção Marian Keyes com os 8 livros  (ou apenas um dos livros... de preferência o Melancia)
20. Ecosport vermelha modelo antigo (essa eu sempre peço pois é meu sonho de consumo)
21. Iphone 4
22. Flauta Tranversal Yamaha
23. Paciência
24. Auto-controle
25. Paz
26. Alegria de Viver


Beijos do 18

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Desculpas

Cá estou eu! 4 meses exatos sem entrar no blog, sem publicar nada! Absolutamente congelado!
Sei que poucas pessoas ou ninguém lê meu blog, mas como eu disse na minha primeira publicação, isto aqui é algo que fiz para mim, para eu me entregar e relaxar um pouco do stress diário, do rancor que me corrói e da dor da ira que me atinge bruscamente e certos dias constantemente. Sou assim. Fiquei assim. Sei lá eu! Mas isso é outra história...
O fato é que hoje completaria 4 meses que briguei pelo mundo cibernético louco com uma pessoa que sempre foi especial para mim mesmo não a conhecendo, mesmo só vendo o rosto dele através de um webcam. E sei o porquê eu fiquei bravo e ele também sabe!
E fiquei 4 meses vendo ele on line...
4 meses sem falar com ele...
4 meses sem dizer “Oi lindão”...
4 meses sem ver seu olhar cativante...
Pois sou rancoroso!
Se isso irá melhorar um dia eu não sei, mas como todos ser humano, embora eu negue isso várias vezes, me arrependo de certas coisas que faço. E essa foi uma delas.
Como disse na publicação anterior, eu acho que o ano 1 não foi realmente bom para relacionamentos. E não mesmo! E eu achava que o universo estava enganado e havia me mandado uma pessoa bem nos 45 do segundo tempo, mas ele não se engana.... não se engana mesmo. Mais outra tentativa que nem ousei colocar no blog, pois aí se tornaria um blog de desfechos amorosos o que não é minha intenção.
Mas enfim, o que tenho a dizer pra esse cara, esse aí mesmo que escreveu o único comentário da minha publicação:
Desculpas! Desculpas por ter sido eu “O ridículo” por tê-lo chamado de ridículo e pelas demais atitudes.
Não conheço a vida dele. Sei pouco sobre ele e hoje até esqueci o nome dele e o que ele faz da vida. Mas sei quem ele é. E talvez hoje de noite essas desculpas sejam dadas não pessoalmente, mas pelo menos olhando o olhar singelo que via a 4 meses atrás.
Agora vamos a lista.
Beijos do 18